O tema foi abordado na palestra feita pela advogada especialista em Direito de Família Ludimila Carvalho de Albuquerque. “O feminismo foi o movimento que começou a trazer à tona outras questões, como a gordofobia, que também diz respeito à acessibilidade, pois as pessoas gordas, que é como prefiro chamar as que têm mobilidade reduzida, enfrentam dificuldades decorrentes da falta de cuidado para atendê-las”, afirmou. De acordo com Ludimila Carvalho de Albuquerque, a legislação segundo a qual 2% dos assentos em bares, teatros, restaurantes e cinemas devem ser adaptados para as pessoas obesas não é cumprida.
Na sua intervenção, a nutricionista Camilla de Chermont Prochnik Estima afirmou: “Sendo nutricionista e gorda, sofro tanto o estigma pessoal quanto profissional”. Após falar do descrédito profissional decorrente do preconceito, como se a sua condição física a desqualificasse a prestar orientação nutricional, Camilla Estima criticou duramente “a busca das pessoas gordas, principalmente, as mulheres, pelo padrão de beleza imposto pelo mercado”.
Segundo ela, “a gordofobia é consequência de um modelo físico pautado na magreza, no qual não cabem todas as pessoas”. De acordo com a nutricionista, “as pessoas, além sofrer com a gordofobia, acabam sendo vitimadas por outras doenças, como a depressão, por não conseguirem emagrecer”, alertou a nutricionista.
A feminista e empreendedora Allyne Turano focou sua palestra nos níveis variados de preconceito. “Mesmo não sendo muito gorda, sou atingida pela gordofobia, que se dá em vários níveis, pois, da mesma forma que uma pessoa negra que tem a pele mais escura sofre mais com o racismo do que outros negros, o mais gordo passa pela mesma situação”, disse.
Após as palestras, houve debates, mediados pela 2ª vice-presidente da Comissão da Mulher, Karine Ferreira de Moura.
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