A audiência pública foi presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Dela também participaram o presidente do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), José Ernane de Souza Brito; o professor da Universidade de São Paulo (USP) José Maria Arruda de Andrade; o diretor de Assuntos Profissionais e Estudos Técnicos do Sinprofaz, Sérgio Luís de Souza Carneiro, e o presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), Edson Vismona.
De acordo com o presidente da Comissão de Direito Financeiro e Tributário do IAB, a enorme concentração nos cofres federais decorre das contribuições sociais cobradas em número elevadíssimo pela União. Segundo Adilson Rodrigues Pires, dos cerca de 80 tributos cobrados no País, de 30 a 40 taxas estão distribuídas nos três níveis de poder, ou seja, na União, nos estados e municípios. “O restante fica todo com a União, devendo haver uma reforma que promova o disciplinamento constitucional para restringir tal concentração”, complementou.
Ele disse ainda que, para mudar o quadro atual, é preciso respeitar um dos princípios básicos da federação: estabelecer hierarquias. “Aliás, como a maioria das coisas acontece nos municípios, que são responsáveis por cuidar da saúde, do reordenamento urbano e disciplinamento do tráfego, por exemplo, eles devem ter a sua competência tributária fortalecida”.
O advogado manifestou sua preferência pelas propostas contidas na PEC 110/2019, em relação às da PEC 45/2019. Além disso, Adilson Rodrigues Pires defendeu que, ao invés de se criar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), como vem sendo cogitado, seja adotado o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que incide sobre a despesa ou o consumo. “O IVA é aplicado por 30 dos 33 países da América Latina”, ressaltou.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!