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Quinta, 14 Dezembro 2023 23:35

Acadêmico José Paulo Cavalcanti Filho é homenageado no IAB com a Medalha Levi Carneiro

Da esq. para a dir., Carlos Eduardo Machado e José Paulo Cavalcanti FIlho Da esq. para a dir., Carlos Eduardo Machado e José Paulo Cavalcanti FIlho

Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) desde 1986, o acadêmico e escritor José Paulo Cavalcanti Filho foi homenageado com a Medalha Levi Carneiro nesta quinta-feira (14/12). A comenda, que é oferecida pela entidade aos consócios com mais de 30 anos de associação, reconhece as contribuições do agraciado à Casa de Montezuma. Na solenidade, conduzida pelo 1º vice-presidente do IAB, Carlos Eduardo Machado, Cavalcanti afirmou que dentre todas as honrarias que já recebeu, a Medalha Levi Carneiro é a que mais lhe trouxe felicidade. 

Da esq. para a dir., Sérgio Tostes, Carlos Eduardo Machado, Edmée da Conceição Ribeiro e José Paulo Cavalcanti Filho

Carlos Eduardo Machado lembrou que a outorga da comenda é uma iniciativa da Diretoria do IAB para agradecer aos seus mais antigos associados e, ao mesmo tempo, celebrar os 180 anos da entidade. “A medalha reconhece a importância do Instituto, da sua história e dos seus membros: juristas de alta estirpe, de qualidade, com obras escritas e inserções muito produtivas e com temas relevantes. É uma justa homenagem a esses que fazem a história do Direito e a história das Letras jurídicas do Brasil”, disse o advogado.

Ao saudar o homenageado, o orador oficial do IAB, Sérgio Tostes, ressaltou os pontos mais importantes da carreira de Cavalcanti. Ele lembrou que o acadêmico representa o IAB na Academia Brasileira de Letras (ABL), além de também ser um imortal em Portugal: recentemente o advogado foi empossado na Academia de Ciências de Lisboa na categoria Literatura. Consagrado como um grande escritor no Brasil e no exterior, Cavalcanti tem mais de 18 livros publicados, dentre eles está sua obra mais famosa, Fernando Pessoa: uma quase autobiografia (2011).

“O livro tem 600 páginas e lhe rendeu o Prêmio José Ermírio de Moraes, o Prêmio Jabuti e o primeiro lugar na Bienal do Livro, além de prêmios na Itália, Portugal, Romênia, Israel, França, Holanda, Alemanha, Rússia, Inglaterra e Estados Unidos. Ele é a maior referência mundial sobre a vida e obra do escritor português”, disse o orador. Tostes também sublinhou que, além de ter sido publicado em mais de 10 países, o homenageado teve uma relevante carreira política no Brasil, chegando a ocupar o posto de ministro da Justiça durante o governo do presidente José Sarney. 

José Paulo Cavalcanti FIlho

Em seu discurso de agradecimento, Cavalcanti foi menos ortodoxo e concedeu aos presentes uma palestra sobre Fernando Pessoa e o Brasil. O escritor lembrou que grandes poetas do País se inspiraram na obra do português, dentre eles Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. A produção de Pessoa, segundo Cavalcanti, foi marcada por processos de inovação: “Pouca gente sabe que ele fez o primeiro poema ecológico do mundo. ‘Os ratos’ é a história de quatro ratos. O heterônimo que escreveu chamava-se Pipi. O primeiro morreu na salsicha; o segundo, na farinha; o terceiro, no caldo de leite; o quarto não quis mais viver porque perdeu os amigos, resolveu se suicidar e começou a comer veneno”. 

Segundo Cavalcanti, Pessoa também foi responsável pelo primeiro caso de merchandising em poesia do mundo. Em 1924, ele trabalhava na Empresa Nacional de Publicidade, dirigida por Manoel Martins Dahora, que pertencia ao grupo da General Motors. “Pessoa precisava falar de um automóvel e, então, como ele servia à General Motors, incluiu um carro da empresa nos seus versos”, contou o acadêmico. 

O homenageado também explicou que a presença do Brasil na vida e na obra de Fernando Pessoa é fragmentada e contraditória. De acordo com Cavalcanti, ele chegou a dizer que, fora da Europa, apenas os Estados Unidos e o Brasil teriam “alma para ter um império”. Além disso, se referiu ao País como uma nação irmã e amiga. No entanto, o palestrante afirmou que “em uma outra carta, publicada só no fim do século XX, ele diz que ‘sociologicamente não há Brasil’”. A conclusão, na visão de Cavalcanti, é que “não se sabe qual o papel que o Brasil exercia na alma de Pessoa”. 
 

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