Em uma união da tradição com as promessas do futuro, o plenário histórico do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) ficou lotado de jovens que passam a integrar, de forma plena, a comunidade jurídica, com todos os direitos e deveres da profissão. Nesta quarta-feira (5/11), 51 graduados em Direito da capital fluminense receberam suas carteiras da OAB/RJ em cerimônia realizada, pela primeira vez, na sede da Casa de Montezuma. O momento marca a habilitação oficial para o exercício da advocacia e é o reconhecimento público de que o novo profissional está apto a atuar em defesa da ordem jurídica.
Como paraninfa da turma, a 1ª vice-presidente do IAB, Adriana Brasil Guimarães, deu as boas-vindas aos novos colegas de profissão e destacou a importância simbólica do local e o compromisso ético que marca o início da advocacia. “Cumpre a cada um de nós lutar pela justiça, por nossos clientes, por nossas causas, mas sempre com muita retidão e acima de tudo com muita ética profissional”, disse a jurista.

Da esq. para a dir., Monica Alexandre, Ana Tereza Basilio, Rita Cortez, Adriana Brasil Guimarães, Paulo Grossi e Marcos Luiz Oliveira de Souza
A mesa de trabalhos foi conduzida pela presidente da OAB/RJ, Ana Tereza Basilio, e também contou com a presença do diretor de Valorização da Advocacia da Seccional, Paulo Grossi, dos consócios do IAB Monica Alexandre e Márcio Barandier, do secretário-geral da OAB/RJ, Marcos Luiz Oliveira de Souza, e dos advogados Dalber Nilsen e Eduardo Garcia Jorge, cuja filha estava entre os jovens que receberam a carteira da Ordem na solenidade. A presidente nacional do IAB, Rita Cortez, se fez presente ao fim da solenidade e também saudou os novos advogados.
Em sua fala, Adriana lembrou do momento em que também recebeu sua carteira, há 45 anos, no mesmo prédio. “A cerimônia de hoje me remete a um fato muito feliz e também muito triste, que marcou a minha vida e a história deste País”, disse ela, em referência ao atentado ao prédio da Ordem, ocorrido em 27 de agosto de 1980.
Na ocasião, a secretária da presidência da OAB, Lyda Monteiro, foi vítima de uma carta-bomba. “Impossível explicar e ainda mais reviver o pavor e a dor daquele momento. Foram três bombas naquele mesmo dia”, relembrou. Segundo Adriana, aquele episódio “enfraqueceu a ditadura e fortaleceu a atuação da OAB”.
“A advogada deu parabéns aos novos advogados e concluiu com uma citação de seu pai, que marcou sua trajetória: “O advogado deve ter humildade para aprender, coragem para lutar e sabedoria para resolver.”