A presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Rita Cortez, visitou a Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco (FDR/UFPE), em agenda voltada para o fortalecimento das relações institucionais com a academia. O representante do IAB em Pernambuco, Fábio Túlio Barroso, também participou da visita, que aconteceu nesta quarta-feira (1º/10).
O IAB foi recebido pelo diretor da FDR, Torquato da Silva Castro Júnior. No encontro, foi celebrado um convênio de intercâmbio entre as bibliotecas da Casa de Montezuma e da Faculdade. Ambas guardam um acervo significativo, não só de conhecimentos do Direito, mas também da literatura e de outras áreas.
A visita de Rita Cortez ressaltou a importância de manter vivo o diálogo entre tradição e contemporaneidade na formação dos juristas. A passagem pelo prédio histórico acontece na ocasião em que o IAB inaugura sua subsede em Recife – que funcionará na sede da instituição.
Da esq. para a dir., Rita Cortez, Torquato da Silva Castro Júnior e Fábio Túlio Barroso
Ao falar da visita, a presidente do IAB ressaltou a necessidade de a sociedade e, principalmente, o governo apoiarem devidamente a manutenção da FDR, que é parte da história brasileira. “É uma pena a desatenção das autoridades públicas para com o nosso patrimônio cultural. O diretor Torquato acredita que a abertura da nossa subsede será um incentivo para atrair a atenção da sociedade para a necessidade de se apoiar a Faculdade, que formou grandes nomes, como Rui Barbosa”, relatou Cortez.
A Faculdade de Direito do Recife é uma das mais tradicionais do País e foi criada em 11 de agosto de 1827, por decreto imperial de Dom Pedro I, no mesmo ato que instituiu os dois primeiros cursos jurídicos brasileiros — em Olinda, posteriormente transferido para o Recife, e em São Paulo. Até então, os juristas brasileiros se formavam majoritariamente em Coimbra, Portugal.
A trajetória da FDR antecede, portanto, a própria fundação do IAB, que ocorreu em 1843, no Rio de Janeiro. Reconhecida como a instituição jurídica mais antiga do País, o Instituto surgiu justamente a partir da consolidação dos cursos jurídicos, que passaram a formar bacharéis no Brasil a partir de 1827.
