
O Dia do Advogado, celebrado neste 11 de agosto, foi definido pelo presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Sydney Limeira Sanches, como uma “oportunidade para efetiva compreensão da importância do papel desse profissional para a estabilidade institucional da sociedade brasileira, onde ainda sobrevive grave intolerância social”. Ele destacou que as qualidades de um bom advogado podem ser vistas no legado do consócio Hermano de Villemor Amaral Filho, que morreu, aos 104 anos, em julho deste ano. “Ele representa a essência da advocacia independente e comprometida com os valores da cidadania”, homenageou Sanches.
O presidente do IAB lembrou que a advocacia tem um compromisso fundamental com a manutenção da estabilidade institucional e dos direitos fundamentais: “Advogadas e advogados não podem alimentar cenários de intolerância e as instituições jurídicas devem ser protagonistas, sempre com independência, no processo de reorganização solidária da sociedade brasileira, com vistas a alcançar a verdadeira democracia social prevista em nossa Constituição”. O texto constitucional também reconhece que o exercício da advocacia é indispensável à administração da justiça.
Instituído em homenagem à criação dos primeiros cursos de Direito no Brasil, o Dia do Advogado celebra a independência intelectual do País e a importância que esses profissionais tiveram para a construção da identidade nacional. Essa graduação foi criada no Brasil apenas em 1827, por iniciativa de D. Pedro I. Em 11 de agosto daquele ano, foram fundadas duas faculdades de Direito: a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e a Faculdade de Direito de Olinda (que foi transferida para Recife em 1854).